quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Conclusão 1º grupo do curso de Astrologia módulo avançado/prático .

Estou muito contente em poder, neste ano que completo 30 anos de estudo e pesquisa em Astrologia, comunicar a conclusão do primeiro grupo do módulo avançado-prático do meu curso de Astrologia.
Contente por dois motivos: primeiro por ver efetivo e eficiente o uso de uma gramática para a linguagem da Astrologia e um método de interpretação do mapa natal. Ambos se entrecruzam e se sustentam mutuamente no uso e são o resultado de vários anos de pesquisa. Em segundo lugar, estou muito contente em ter sido presenteado com um grupo pequeno e concentrado, formado por pessoas sérias, dispostas a aprender e já com algum conhecimento da simbologia da Astrologia. Este somatório se concretizou em uma finalização de curso no qual todos os participantes conseguiram, efetivamente "ler e interpretar" um mapa natal. Isto é uma grande satisfação para quem ensina, ver outras pessoas aprendendo e fazendo uso do que foi ensinado.

Parabéns Alexandre, Carmem e Janaína!
Agradecido por conviver com vocês e pelos momentos de troca e produção de conhecimento!
Agradeço também aos convidados Ângela, Antônio e Miguelina a gentileza de terem cedidos seus dados de nascimento e seu tempo, qualificando os trabalhos finais.




Carmem e Janaína lendo os mapas dos convidado(a)s.

Ficou faltando as fotos do Alexandre em trabalho final.


Todos contentes e com o sentimento de missão cumprida e, é claro,
entrega dos certificados.

Depoimentos dos alunos:

O curso apresenta um método lógico e eficiente para a interpretação de um mapa astrológico natal. Lógico porque proporciona a organização das relações planetas x casas x signos x aspectos de forma clara e objetiva. Eficiente porque é possível traçar o perfil de uma pessoa com um grau de confiabilidade impressionante. No final do curso, fizemos interpretações de mapas natais de pessoas desconhecidas e os resultados foram surpreendentes. Além disso, a  abordagem dos aspectos psicológicos para definir a personalidade de uma pessoa foi muito importante para a nossa formação.
Alexandre Pioner de Lima

O método do curso de Astrologia do Daniel é claro e objetivo, e as aulas, com todo o conhecimento e carisma dele, nos fazem viajar.  São aulas com alma!  De alguém que sabe e que tem prazer em repassar o que sabe!  São aulas que nos levam a querer mais.
Concluímos este nível avançado de Astrologia, todos muito satisfeitos com a evolução que fizemos, com a eficiência do método e com a interação do grupo.
Obrigada de coração profe Daniel.
Carmem Beretta

Para mim, a metodologia usada no curso abriu os meus horizontes na astrologia e me fez compreender exatamente como os seus elementos (signos, planetas, casas e aspectos) atuam e estão relacionado entre si. Entender isso foi fundamental para que eu possa analisar e interpretar um mapa natal.
Janaína Dias da Silva 


Mais uma vez, agradecido!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Ciclo de Palestras 2013




Celebrando o início do ano pagão/astrológico e 30 anos de estudo, pesquisa e prática em Astrologia.



Neste ano estou completando 30 anos (cheguei à maioridade) de estudo, pesquisa e prática em Astrologia. Esta tragetória se confunde com minha própria vida: diretrizes e encaminhamentos na vida; anseios e ansiedades; motivações e desafios no percurso que me constituíram no que hoje sou, sempre tiveram uma grande influência e determinação da Astrologia, uma vez que os meus estudos e pesquisas sempre foram no sentido de ser um astrólogo mais competente e/ou resolver problemas conceituais presentes no estatuto epistemológico que sustenta a Astrologia no seu uso.

Comecei estudar Astrologia (algo que ironizava) para encontrar argumentos que demonstrassem que de fato a Astrologia era uma crendice e não funcionava. Aos 17 anos de idade (nesta idade, talvez até mais do que hoje, já possuía uma estrutura cética no olhar para com o mundo), quando conheci a Astrologia, foi um misto de encantamento e incredulidade. Encantamento ao intuitivamente perceber que tinha encontrado um instrumento que era capaz de descrever a estrutura de identidade e a subjetividade humana e ao mesmo tempo incredulidade, pois segue a pergunta que não quer calar: como é possível que a posição dos planetas girando em torno do Sol seja capaz de descrever como está estruturada a psique humana?

Não consegui mais parar de ler e aprofundar os estudos em Astrologia. Neste percurso literário descobri Dane Rudhyar e Stephen Arroyo e com eles a Astrologia psicológica, o que me levou a cursar Psicologia na UFRGS (com o objetivo de ser mais competente como astrólogo) e também me levou a descobrir o mais completo e complexo trabalho sobre a psique (alma) humana: a obra de Carl Jung. Agradeço por isso tudo!

Hoje, cursando Filosofia, acima de tudo com o objetivo de tentar organizar melhor e contribuir para a estruturação de um estatuto epistemológico que justifique e sustente o funcionamento da Astrologia enquanto ramo do conhecimento humano (para não usar o nome “ciência”), percebo que estou conseguindo obter algumas respostas para as perguntas da mente inquieta e cética daquele adolescente de 17 anos.

Com este ciclo de palestras tenho dois objetivos: 1) celebrar a maioridade em Astrologia e a diminuição da ansiedade face às dúvidas e incertezas diante dos desafios ante a escolha de um caminho incerto em função dos preconceitos para com este ramo do conhecimento e 2) apresentar, nas três palestras do ciclo, uma síntese das três linhas de pesquisa em que foco atualmente o meu trabalho de pesquisa em Astrologia.




Temas do ciclo de Palestras


14/03 - Como é possível a ciência Astrologia?

 A Astrologia, e mais especificamente o mapa natal, é um instrumento capaz de descrever a estrutura de identidade de uma pessoa e a dinâmica das forças que juntas formam o que em Psicologia recebe o nome de psique humana. Sendo ainda mais específico, o mapa natal é capaz de descrever a estrutura interna de representação através da qual cada ser humano se relaciona com o mundo. Mas, segue a pergunta que não quer calar: como é possível que a disposição dos planetas (aglomerados de matéria girando em torno de um centro e que não possuem identidades míticas ou deificadas) seja capaz de descrever a estrutura de identidade de uma pessoa?

Para responder completamente esta pergunta seria preciso percorrer dois caminhos distintos: 1) o caminho do empírico para comprovar, através do cruzamento de resultados obtidos com o mapa natal com testes psicológicos ou outros métodos já validados, se é o caso que de fato o mapa natal é capaz de descrever a estrutura de identidade de uma pessoa ou 2) o outro caminho é tentar encontrar uma teoria que justifique ou nos faça entender se é possível que seja o caso e quais a vias de relação entre a disposição dos planetas girando em torno do seu centro e a subjetividade de uma pessoa nascida neste momento do tempo correspondente.

A palestra do dia 14 de março tem como objetivo percorrer o segundo caminho, o caminho teórico. Esta palestra tem dois objetivos que se entrecruzam: em primeiro lugar demonstrar que a Astrologia é um ramo do conhecimento que possui um estatuto epistemológico único (uma condição híbrida, se situando entre ciência natural e ciência humana) e que desta condição se originaram os problemas epistemológicos que colocaram a Astrologia como pseudociência e, em segundo lugar, apresentar uma proposição metafísica (não empírica) que, minimamente, sustente o início da construção de estatuto epistemológico que possibilite o entendimento mais sério e “científico” da Astrologia.



        21/03 - (Início do ano astrológico) Paganismo, Mitologia e Astrologia.


 O Paganismo é seguramente a manifestação religiosa mais antiga da humanidade. Nasceu de uma espécie de “participação mística” do ser humano com o mundo ao seu redor derivada do encantamento e arrebatamento dos seres humanos face às manifestações da natureza, ainda absolutamente incompreensíveis para a condição intelectual dos “homo sapiens” deste momento.

A Astrologia e a Mitologia são filhas diretas do Paganismo. A Astrologia ocidental como conhecemos e a Mitologia grega são irmãs, derivadas da organização particular que determinada cultura deu aos padrões arquetípicos do inconsciente coletivo da humanidade, presentes na organização inconsciente de todo e qualquer ser humano, descritos por C.G. Jung e presentes em toda sua obra.

Levando em conta a origem em comum, Astrologia e Mitologia possuem uma linguagem descritiva e representativa em comum: os deuses com suas características e manifestações particulares. No entanto possuem pressupostos e objetivos distintos, enquanto que na Mitologia observamos, acima de tudo, representações do inconsciente coletivo da humanidade projetadas na forma de representações externalizadas de modo que o ser humano pudesse perceber o seu inconsciente manifestado, a Astrologia é, de certa forma, um embrião das ciências naturais ao tentar entender e prever eventos futuros ao observar e relacionar eventos do mundo natural.

Esta palestra, em homenagem ao equinócio que marca o início do ano astrológico, além de falar sobre o equinócio como uma fase de um ciclo maior e a importância destes ciclos naturais para a organização e sobrevivência de seres humanos, pretende mostrar que estes ritmos, ciclos e padrões arquetípicos estão presentes tanto na natureza material (empírica) do mundo quanto na natureza imaterial (subjetiva ou inconsciente) dos seres humanos.



28/03 – Uma gramática para a Astrologia.


 A Astrologia pode e deve ser entendida como uma linguagem. É uma série de símbolos que quando colocados justapostos pretendem transmitir uma mensagem igualmente inteligível, compreensível e acessível a qualquer um que esteja familiarizado com o uso e as regras deste determinado sistema.

Uma linguagem escrita deve possuir, entre outras, regras ortográficas e regras gramaticais. Sinteticamente falando, por regras ortográficas podemos entender aquelas que definem a maneira correta de justapor determinados signos de um alfabeto de modo que descrevam especificamente um objeto (físico ou de linguagem) nesta representação; já as regras gramaticais irão definir as relações destes objetos (físicos e de linguagem) em uma frase de modo que tal frase expresse uma proposição com significado.

Em Astrologia, como ortografia devemos entender a descrição das características e qualidades que definem cada um dos signos; a descrição especifica e logicamente ordenada de cada uma das doze casas como uma área específica da experiência humana; a descrição dos atributos, dimensões do eu e princípios que definem cada planeta e também as regras que caracterizam a natureza dos aspectos planetários na relação dos planetas entre si. Isto é relativamente simples e a maioria dos manuais de Astrologia trazem definições corretas dos elementos formadores do alfabeto Astrológico citados acima.

Por gramática, em Astrologia, devemos entender as regras hierárquicas que irão definir as relações dos elementos formadores do alfabeto astrológico entre si, definindo claramente que quando determinados elementos (planetas, signos e casa) estiverem em relação entre si, quem influencia e quem é influenciado nesta determinada relação, evitando, deste modo, frases sem sentido ou com significado dúbio.

Nesta palestra pretendo apresentar um sistema de regras básicas, normas e fórmulas que venho utilizando, com significativo sucesso (por parte dos alunos), como orientação e estrutura na leitura e interpretação em meus cursos de Astrologia.



Ciclo de Palestras 2013



Local: Casarão do Arvoredo

Rua Fernando Machado, 464

Centro Histórico - Porto Alegre

Horário: 19h 30min.



Informações e Inscrições:

(51) 84336911


astroconhecer.blogspot.com






quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Minicursos


Astrologia e Filosofia 
Astrologia e Conceitos Junguianos

O projeto minicursos é o resultado de um trabalho de pesquisas teóricas envolvendo Astrologia, Filosofia (em especial Filosofia da Ciência) e Psicologia Junguiana.
A Astrologia é tradicionalmente conhecida pelo seu trabalho de leitura do mapa natal, trabalho que é capaz de descrever a estrutura de identidade do indivíduo ao qual se refere este mapa natal. Da mesma forma, o principal modo de se ensinar ou palestrar sobre Astrologia é dissertar sobre as qualidades ou características dos elementos que formam o alfabeto astrológico (Planetas, Signos e Casas) e o modo como a conjugação destes elementos pode descrever as características do indivíduo expresso no mapa natal.
Entendo que (e se deve a isto meus estudos e pesquisas) existe uma falta de informações concernentes a como se dá a passagem conceitual que justificaria teoricamente ao que a Astrologia se pretende: ser um instrumento que descreve a estrutura de identidade de um ser humano e sua representação do mundo.
Estes minicursos têm como objetivo se situar, simultaneamente, em uma posição anterior e posterior ao uso da Astrologia como instrumento de leitura e descrição da estrutura de identidade de uma pessoa. Anterior no sentido do entendimento de condições que podem sustentar e justificar o seu funcionamento e precisão no seu uso de leitura, descrição e entendimento da psique de um indivíduo. Posterior no sentido de que as informações fornecidas e os conceitos trabalhados durante o minicurso contribuem para um entendimento mais profundo das dimensões da psique humana descritas no mapa natal, o que pode contribuir para uma leitura e interpretação mais profundas.
Uma abordagem mais ampla e filosófica da Astrologia possibilita, ao mesmo tempo, que percebamos a filosofia que sustenta as interpretações práticas e descritivas do mundo que a Astrologia faz, bem como possamos utilizar o conhecimento e a sabedoria presentes na Astrologia como uma filosofia (independente de seu uso prático interpretativo) que possa orientar o ser humano de uma forma mais ampla na condução de sua vida.
Segue abaixo uma breve apresentação de dois minicursos já formatados e realizados (com edições já apresentadas ao público interessado).


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Minicurso Astrologia e Filosofia
A Astrologia, mais especificamente o mapa natal, é um instrumento que descreve com precisão e profundidade a estrutura de identidade de uma pessoa. Mas, como é possível? De que modo se dá esta relação entre o descrito pelo mapa natal e a situação psicológica correspondente?
O primeiro encontro deste minicurso apresenta uma proposição metafísica (no sentido filosófico e não do senso comum) e sistêmica para o funcionamento da Astrologia bem como uma proposta inicial para um estatuto epistemológico que sustente o funcionamento da Astrologia como um instrumento de descrição da psique humana.
O segundo encontro, seguindo na mesma linha de raciocínio, aborda os planetas pessoais como representantes de dimensões da psique humana, revelando este como um sistema orgânico, obedecendo a mesma estrutura e funções do sistema utilizado para a justificação metafísica e sistêmica para a construção do estatuto epistemológico para o seu funcionamento. Os planetas transpessoais são abordados como princípios externos (sociais e outros) que se aplicam e influenciam a unidade representada pelo sistema psique humana.
O terceiro encontro, seguindo nesta abordagem mais ampla, pretende uma leitura das casas diferente da visão usual na leitura do mapa natal, que se referem à áreas da vida e suas qualidades. Na presente abordagem, temos como objetivo evidenciar uma visão mais ampla e filosófica presente na Astrologia ao mostrar um processo de evolução/maturação do ser humano, em suas diversas fase de vida, bem como as vicissitudes e desafios inerentes a este processo.
Por fim, o quarto encontro, dando um fechamento ao que já foi abordado, pretende demonstrar o modo como é possível e como se dá a utilização das informações fornecidas pelo mapa natal em uma abordagem humanista (ou Junguiana) fornecendo uma maior profundidade e potencial de autoconhecimento à leitura do mapa natal.

Minicurso Astrologia e filosofia – Temas dos encontros

1.     Como é possível a ciência Astrologia?
A construção de um estatuto epistemológico para a Astrologia.

2.     Os planetas como representantes de dimensões da psique humana.

3.     As casas astrológicas e as fases de evolução/maturação do ser humano.

4.     O que é Astrologia Humanista e o que pode fazer pelo ser humano.


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Minicurso Astrologia e Psicologia Junguiana


É comum astrólogos utilizarem termos oriundos da Psicologia de C.G. Jung (arquétipos, inconsciente coletivo, sincronicidade, sombra e outros). É sabida a afinidade e a aceitação de Jung para com a Astrologia, evidenciadas em muitos de seus escritos, como nas duas citações abaixo:
“Astrologia deve ter assegurado o seu reconhecimento por parte da psicologia, sem restrições, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da Antiguidade”. Comentário ao livro O Segredo da Flor de Ouro

Como psicólogo, estou especialmente interessado na luz  particular que um horóscopo é capaz de lançar sobre certas complicações no caráter. (...) Devo dizer que tenho, muito freqüentemente, encontrado situações em que os dados astrológicos são capazes de elucidar alguns pontos, que de outra forma, eu teria sido incapaz de entender. (de uma carta ao Prof BV Raman, 6 de setembro de 1947)

Mas, onde estão os pontos de intersecção entre estas duas teorias que buscam, por caminhos semelhantes, o entendimento da psique humana? Como e porque elas partilham tantos conceitos e estruturas em suas descrições?
O minicurso Astrologia e Psicologia Junguiana tem exatamente o objetivo de clarear as perguntas do parágrafo acima em cada um dos seus quatro encontros:
·         Os arquétipos do inconsciente coletivo, descritos por Jung, estão claramente manifestados nas mitologias de diversas culturas. A Astrologia, com sua origem pagã, está marcada com conceitos mitológicos. É possível perceber estas representações arquetípicas presentes em todo e qualquer sistema ou “todo orgânico”, princípio metafísico sobre o qual se apóia a Astrologia.
·         A introdução em alguns conceitos e estruturas básicos na Psicologia de C.G.Jung.
·         A relação destes conceitos com dimensões e estruturas representadas na Astrologia.
·         Por fim, como é possível a conjugação destes dois sistemas organizados de descrição do ser humano em um instrumento terapêutico que auxilie o ser humano a atingir o ápice segundo Jung: o processo de Individuação.


Minicurso Astrologia e Psicologia Junguiana – Temas dos encontros

  1. O paganismo e a Mitologia como representação arquetípica do mundo. O que são os arquétipos do inconsciente coletivo.
  1. Introdução a alguns conceitos de Psicologia analítica e suas relações com a Astrologia.
  1. Estruturas da psique humana descritas pela Psicologia analítica que também estão representadas no simbólico da Astrologia.
  1. O mapa natal e o processo de individuação. Como funciona uma Astrologia Junguiana.